Situação delicada lidar com afetividade e cognição, porém impossível não refletirmos sobre tais fatores tão importantes, e tão presente nos alunos, pois em relação a afetividade como diz o ditado “o coração tem razoes que a própria razão desconhece” mas e daí quais são essas razões?
Na verdade são varias nossos afetos, nossas expressões, fantasias entre outros aspectos muito importantes que deve ser estudado no ser humano, pois o mesmo não é um ser fragmentado. Porém em relação à cognição é a origem dos significados, dos primeiros saberes, da aprendizagem seja mecânica (decoreba) ou significativa (idéias ou informações).
Mas dentro deste contexto temos a família e a escola. A família vem tendo seus conceitos mudados, hoje existem vários modelos. Mas independente disso é a estrutura social que determina tal organização.
A família é transmissora dos valores, da cultura, isto é, ela é responsável por educar segundo os padrões dominantes, e única responsável pela sobrevivência física e psíquica do individuo.
Segundo Bock et all (2005. p.249)
A família, do ponto de vista e da cultura, é um grupo tão importante que, na sua ausência, dizemos que a criança ou adolescente precisam de uma “família substituta” ou devem ser abrigados em uma instituição que cumpra a função materna e paterna, isto é, as funções de cuidado e de transmissão dos valores e normas culturais-condição para posterior participação na coletividade.
Precisamos reconhecer que os valores também são transmitidos através dos meios de comunicação de massa, pois o individuo antes de nascer já ocupa lugar no cenário familiar e social, onde a primeira educação parece óbvia e os adultos são exemplos, independente se for homem ou mulher.
A escola é responsável por fazer a mediação entre o ser e a sociedade onde a maior intenção é fazer com que o mesmo se aproprie aos poucos dos valores transmitidos pela escola e que adquira autonomia.
Hoje pensamos desta forma porque antigamente aprendia-se fazendo, a escola cresceu com o desenvolvimento industrial, onde a família não podia mais preparar seus filhos para o trabalho e a vida social. Durante a revolução industrial a escola tinha importância por ensinar técnicas, conhecimentos básicos da língua e calculo para os alunos.
Trazendo para a realidade escolar, podemos nos referir a duas falhas que observamos atualmente, ora com a teoria ora com a prática, ou seja, com as concepções pedagógicas ou com a realidade cotidiana.
Em alguns casos enclausuram-se as crianças e os jovens em nome da educação, distancia a escola do cotidiano, separa a vida do lado de fora da escola.
A afetividade e a cognição se estruturam nas ações e pelas ações dos indivíduos. O afeto pode assim ser entendido como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a operar. Ele influencia a velocidade com que se constrói o conhecimento, pois quando as pessoas se sentem seguras, aprendem com mais facilidade.
A vida escolar deve estar articulada com a vida social havendo parceria no dialogo, como com o conhecimento.
Deste modo é preciso total parceria e ligação entre família e escola, para haver melhor resultado na educação, e envolvimento das crianças e jovens com a aprendizagem e com suas realidades cotidianas, como envolve vários fatores no educar, a ação docente só da conta ou melhora as questões afetivas e cognitivas, se houver a ajuda ou parceria familiar.
Karine Brito Rocha